terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Segundo dia SPFW

Reinaldo Lourenço

A alta-costura de Reinaldo Lourenço trouxe feminilidade e graça para esta edição do SPFW. O desfile começou com uma série de peças feitas com seda levíssima estampadas com bocas. O couro ganhou uma grande importância nesta coleção assim como na ultima coleção de seu filho, o estilista Pedro Lourenço o couro ganhou movimento e suavidade graças às diversas tiras fininhas costuradas sobre um tule de seda. Reinaldo trouxe também muita sensualidade com seus looks que deixa as costas à mostra, mas com modelagens nada óbvias.  Para a série final do desfile o estilista criou vestidos, tops e saias com poás de pérolas. A cartela permaneceu inalterada, feita basicamente de off-white e preto, que abriu um espaço para o vermelho das estampas de boca.


Ghetz

Em sua estréia no SPFW a Ghetz chamou o estilista Lucas Nascimento, especialista em tricôs e que vem chamando a atenção com seus desfiles no Fashion Rio, para assinar o estilo da coleção. Mesmo sendo mais comercial que a linha própria de Lucas, a Ghetz apresentou um rico trabalho de malharia e modelagem, combinando fios sintéticos e naturais em interessantes jacquards e plissados, apenas uma coisa deixou a desejar foi a repetição dos looks, que mudava apenas as cores e padronagens.
A cartela de cores trazia preto, cinza, azul anil, berinjela e off-white.


Ellus

 A Ellus resolveu inovar nesta temporada trazendo seu desfile todo em 3D colocou a imprensa e os convidados numa sala de cinema montada na Bienal, com direito a pipoca e óculos 3D. Quem protagonizou o desfile/filme foi Aline Weber, única modelo a desfilar todos os looks femininos. Apesar da tecnologia ser o foco da apresentação, o filme era preto e branco, talvez para destacar os jeans que brilham no escuro, o Luminato Denim produzido pela Santana Têxtiles.  Mas se engana quem acha que o desfile acabou com o fim do filme, Inteligente, a equipe comandada por Adriana Bozon abriu o backstage para que todos pudessem ver e tocar as peças depois que a sessão terminou. Os jeans, por exemplo, tinham o brilho do Luminato – que, na claridade, tem um aspecto metalizado. Já os couros, que apareceram mais atuais na versão branca, ganharam novas texturas. Destaque também para o trabalho com pregas no couro, que pode enfeitar uma saia toda ou só parte dela. A Ellus saiu na frente ao escolher esse método de apresentação. 


Neon

A Neon resgatou o clima dos antigos desfiles de alta-costura, com uma pegada bem teatral a grife trouxe suas modelos andando lentamente e caras, bocas e pose ao cruzar a passarela. Os looks foram muito criativos que é o que se espera da Neon.  O desfile foi dividido em duas partes. O que também causou frisson na passarela foi a estampa exclusiva “We Love Neon”, criada pelo artista plástico Rafa Dejota. A segunda parte foi mais étnica, com direito a um argyle transformado em estampa tribal. Inventivo e divertido, o desfile foi um sopro de bom humor nesta edição do SPFW e fez lembrar que a moda pode ser inteligente sem ser sisuda.

Este primeiro vestido e todo bordado com botões em forma de coração, amei também este ultimo sapato da marca Mr. Cat.

Amapô

Assim como a grife Neon, o surrealismo também esteve presente no desfile da Amapô. A grife trabalhou a temática do pesadelo e da imaginação adolescente.
As texturas foram o forte do desfile, em complexos patchworks de malha que uniram diversos fios e pontos.
Resultado é um mix de cores, estampas, texturas e silhuetas divertidas, jovens e modernas. Formas tridimensionais de plástico brilhante se misturaram ao jeans colorido e ao “tricô-patchwork”, feito com diversos estilos de linhas, Saias de tule, estampas psicodélicas, formas exageradas e uma alfaiataria tão desconstruída que fez com que os colarinhos parassem nos ombros ou na barra das camisas.
Já a parte masculina do desfile, precisa ser um homem muito ousado para aderir aos looks da coleção.
Toda esta profusão de informação fashion é ainda amarrada pelo penteado dos modelos. Longos apliques de cabelo são enrolados pelo rosto e roupa das meninas.
Para completar o clima da coleção, a trilha sonora trouxe Linkin Park e Evanescence  para completaram o clima da coleção.


Alexandre Herchcovitch

Alexandre Herchcovitch trouxe um inverno tricolor: preto, cinza e amarelo enxofre que compõem a cartela da coleção com um tom melancólico, sensação causada tanto pela trilha sonora quanto pelos tons sóbrios em formas aumentadas. Na modelagem, Alexandre trouxe propostas para o corpo que funcionam tanto na passarela quanto nas araras.

 As primeiras peças têm um efeito gasto proposital, com um tricô rústico em malhas e saia, em casacos e vestidos com desenhos de nervuras que faziam brotar o colorido de um tecido costurado nas entranhas de casacos e vestidos, o que trás este efeito são 10 camadas de chiffon de seda.
A segunda parte do desfile trouxe vestidos com capuz ornamentados por rendas, com as partes de trás franzidas na cintura e soltas na frente.
Um dos momentos mais esperado do desfile foi à entrada de Lea T a modelo transexual e exclusiva da Givenchy.





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